Por Pedro Hey Branco
Artista com Y maiúsculo.
Yamba era tudo. Palhaço, malabarista, chef de cozinha, ativista, ator, músico, amigo, confidente, polêmico, inquieto, mágico, misterioso, talentoso, generoso… Entre ofícios, talentos e adjetivos, Yamba era um cara quase indefinível, se não fosse pela palavra amor. Era um cara que amava o que fazia, amava os amigos, amava a família.
Proporcionou sorrisos e muitas emoções nas plateias que tiveram o privilégio de assisti-lo. Marcou uma geração de artistas ao desafiar os próprios limites. Revolucionou ao transformar o ofício que escolheu na própria vida. Respirava arte e deixou um legado imensurável para a cena circense de Curitiba, do Paraná, do Brasil e do mundo.
Muitos trabalhos do Yamba se destacaram, fez parcerias com muitos artistas. Para nós, do Trio Quintina, Yamba foi essencial, pedra fundamental de um dos projetos que marcou nossa história: o Cyrk – Circo Musical do Trio Quintina!
Yamba foi perfeito, o picadeiro era a casa dele. Nos emocionou com uma performance impecável que até hoje nos surpreende e nos alegra. Queremos lembrar dele assim, sempre com essa alegria e magia própria deste grande artista.
Adeus, Yamba! Fique em paz, grande amigo!
Trio Quintina e equipe
Em Janeiro de 2022 o Trio Quintina esteve nos estúdios da Radio Educativa para contar um pouco das histórias e curiosidades da Banda.
Formado Gabriel Schwartz, Gustavo Schwartz e Fabiano Silveira, o Tiziu, o TRIO QUINTINA há 24 anos apresenta um repertório com os mais variados ritmos brasileiros, a exemplo do samba, baião, choro, ijexá e frevo, sempre aliados às influências contemporâneas da música popular mundial. No que se refere à MPB, o trio interpreta grandes clássicos e também composições próprias. Já são 10 álbuns. Ao longo desse tempo todo na estrada, realizaram várias turnês internacionais, levando a música brasileira a diversos países como Espanha, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Itália, Inglaterra, Uruguai, Argentina e Chile.
Conheça mais dos bastidores de toda essa história neste bate-papo com Beto Pacheco no É de Curitiba.
Gabriel Schwartz apresenta seu projeto Solo no qual o multi-instrumentista executa vários instrumentos de sopro, cordas e percussão, trazendo ao público variados ritmos brasileiros. Gabriel conduz sua apresentação construindo arranjos ao vivo com o auxílio do seu loopstation, pedaleira eletrônica, que permite gravar e reproduzir sons em tempo real. No repertório, obras de Toquinho e Vinicius, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, além de composições próprias.
Serviço:
Gabriel Schwartz
Data: 23 de Janeiro de 2022 – Domingo
Horário: 16h
Local: Sala de Atos – Sesc Paço da Liberdade
Endereço: Praça Generoso Marques, 189
Telefone: (41) 3234-4200
Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00
Depois de cerca de 2 anos sem encontros presenciais, o trio formado pelos irmãos Gabriel e Gustavo Schwartz e Fabiano Silveira, OTiziu volta a se reunir, realizando uma série de shows em janeiro de 2022, que tornam-se ainda mais especiais por representar uma oportunidade rara, devido ao fato de que Gabriel atualmente mora em Montreal no Canadá. O Trio Quintina com sua sinergia única, elemento essencial presente no grupo desde seu início em 1998 se manteve conectado durante o período de confinamento, devido à pandemia, dando sequência à sua carreira apesar da distância, numa realidade completamente diferente e inimaginável há dois anos atrás. Finalmente nestes shows poderemos nos reencontrar com esses artistas tão representativos da música paranaense e brasileira.
Serviço:
Data: 15 de Janeiro de 2022 – Sábado
Horário: 19h30
Local: A Caiçara
Entrada: R$ 15,00
Reservas: 3018-7708
Data: 18 de Janeiro de 2022 – Terça-Feira
Horário: 18h30
Local: Ao Distinto Cavalheiro
Endereço: Rua Saldanha Marinho, 894
Reservas: (41) 3019-4771
Data: 21 de Janeiro de 2022 – Sexta-Feira
Horário: 20h
Local: Growlex Bacacheri
Endereço: Rua Álvaro Botelho, 39B – Bacacheri
Data: 22 de Janeiro de 2022 – Sábado
Horário: 19h30
Local: Jacobina Bar e Restaurante
Endereço: Rua Almirante Tamandaré, 1365
Couvert de R$ 15,00
Reservas: 3016-6111
Data: 25 de Janeiro de 2022 – Terça-Feira
Horário: 18h30
Local: Ao Distinto Cavalheiro
Endereço: Rua Saldanha Marinho, 894
Reservas: (41) 3019-4771
O Projeto “Reencontro – Trio Quintina e Convidados”, realizado no mês de Abril de 2021 contou com 4 lives transmitidas pelo canal do youtube e facebook do grupo. Nas lives os músicos Gabriel Schwartz, Gustavo Schwartz e Fabiano O Tiziu, conversaram com artistas convidados João Marcelo Gomes, Christian Schwartz, Luis Rolim, Roseane Santos, Laís Mann, que participaram (em ordem cronológica) de projetos anteriores realizados pelo trio, e que também estiveram presente no show “Despedida”, realizado em Curitiba em 2018. As lives de bate-papo foram momentos emocionantes, onde os músicos e convidados relembraram histórias e curiosidades das montagens e realização dos shows e podem ser conferidos nos links abaixo:
03/04 – Cyrk – Trio Quintina – Reencontro – bate-papo com João Marcelo Gomes (*contou com a participação de Yamba Daher)
10/04 – Samba Erudito – Trio Quintina Reencontro – Bate-papo com Christian Schwartz e Luis Rolim
17/04 – Trio Quintina Orquestra – Trio Quintina Reencontro – Bate-papo com Roseane Santos
24/04 – Tributo a Billy Blanco – Trio Quintina Reencontro – Bate-papo com Lais Mann (*contou com a participação de Ricardo Salmazo)
Ao longo das conversas foram apresentados os videoclipes inéditos realizados pelo projeto, em formato “Lyric vídeo”, uma nova tendência utilizando material ilustrado sobre o áudio original das músicas gravadas ao vivo no show de 2018.
Os Lyric Videos produzidos neste projeto podem ser conferidos nos seguintes links:
Trio Quintina – Lyric video – Novo amor antigo (Gabriel Schwartz e Flavio Alves)
Trio Quintina – Lyric video – Cecília (Fabiano Silveira, Helmuth Valesko e André Ribas)
Trio Quintina – Lyric video – Amor e flô (Fabiano Silveira, o Tiziu) feat. Roseane Santos.
Trio Quintina – Lyric video – Cravo branco (Paulo Vanzolini) feat. Christian Schwartz
Trio Quintina – Lyric video – Arroz, feijão (Fabiano Silveira, o Tiziu)
Trio Quintina – Lyric video – Balão azul (Fabiano Silveira, o Tiziu)
Trio Quintina – Lyric video – Amiga (Gabriel Schwartz e Fabiano Silveira)
Trio Quintina – Lyric video – Feiura não é nada (Billy Blanco) feat. Lais Mann
O Álbum digital “Reencontro”, foi lançado no dia 29/05 em uma live que pode ser conferida no link abaixo:
29/05 – Trio Quintina Reencontro – Lançamento do Álbum Digital – Bate-papo com Marcio Schuster
O Álbum está disponível em todas as plataformas de streaming:
As lives e os lyric Videos também podem ser acompanhadas nos links:
Playlist do Youtube: Projeto Reencontro – Playlist Youtube
Página do Facebook: https://www.facebook.com/trioquintinaoficial.
Ficha Técnica do Projeto:
Músicos Trio Quintina: Gabriel Schwartz, Gustavo Schwartz e Fabiano O Tiziu
Músicos Convidados: João Marcelo Gomes, Christian Schwartz, Luis Rolim, Roseane Santos, Laís Mann
Participações Especiais: Yamba Daher e Ricardo Salmazo e Marcio Schuster
Edição de Vídeo: Renato Prospero
Som – Captação e Mixagem: Chico Santarosa
Masterização: Gabriel Schwartz
Design de Material de Divulgação e Criação do Site: Serpe Design
Assessoria de Imprensa e Redes Sociais: Mariane Antunes
Produção e Produção Executiva: Josi Forbeci
“PROJETO REALIZADO COM RECURSOS DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA – FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA, DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA E DO MINISTÉRIO DO TURISMO.
Trio Quintina lança novo álbum digital “Reencontro”
Neste Sábado dia 29/05, às 11h, Gabriel Schwartz, Gustavo Schwartz e Fabiano O Tiziu conversam sobre Lançamento do Álbum Digital “Reencontro – Trio Quintina e Convidados”.
O material apresentado é resultado da finalização do registro do show inédito “Despedida”, realizado pelo Trio Quintina em 2018. O show teve repertório autoral baseado cronologicamente nas músicas e histórias de cada fase do grupo e contou com as participações especiais dos músicos convidados que participaram das lives de bate-papo realizadas ao longo do mês de abril deste ano, Cyrk, com João Marcelo Gomes, Samba Erudito, com Christian Schwartz e Luis Rolim, Trio Quintina Orquestra e Sambas de Gafieira, com Roseane Santos, e Tributo a Billy Blanco, com Laís Mann, todas disponíveis nas redes sociais oficiais do grupo.
“PROJETO REALIZADO COM RECURSOS DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA – FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA, DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA E DO MINISTÉRIO DO TURISMO”.
Em Abril de 2021, o Trio Quintina realiza o lançamento do álbum digital “Reencontro”, registro do show inédito intitulado “Despedida”, realizado no Teatro Paiol em 2018. Serão realizadas quatro lives, em formato de bate-papo e apresentação de algumas músicas, para promover o Projeto que foi aprovado no edital nº 038/2020 da Lei Aldir Blanc. Em cada live será abordado um tema diferente, referente a um trabalho do Trio e com a participação de convidados que fizeram parte desses trabalhos quando da sua execução.
Os temas são:
“PROJETO REALIZADO COM RECURSOS DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA – FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA, DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA E DO MINISTÉRIO DO TURISMO.”
Autoria Gabriel Schwartz, Gustavo Schwartz e Fabiano Silveira
“Esta foi uma letra escrita de uma só vez, como se fosse psicografada, durante uma aula de Física na Faculdade de Agronomia – UFPR, em 1998, onde estudávamos eu e o Tiziu. O mais impressionante é que depois o Tiziu chegou com uma melodia pronta para eu colocar uma letra e a métrica era perfeita para a letra ‘psicografada’! “
“Uma dessas coisas que a gente não explica! Depois chegou o Gustavo no ensaio e terminamos a segunda parte juntos!“
Gabriel
Autoria Gabriel Schwartz e Fabiano SilveiraO Tiziu
“Uma das minhas músicas preferidas. Lembro que fizemos uma Oficina de Composição de Samba com o grande mestre Nelson Sargento. Num clima de descontração com o sambista, foi proposta a composição de uma música usando duas palavras: “Espreita” e “Vestígios”, e foi a partir delas que eu e o Gabriel, inspirados pela presença sublime de um verdadeiro “Poeta do Morro”, fizemos a letra e a harmonia deste samba canção.”
Fabiano Silveira – O Tiziu
Não passo de um dublê de músico
Ainda assim, no começo deste 2013 em que o Trio Quintina festeja quinze anos de carreira, pude viver com os três rapazes – meus irmãos Gabriel e Gustavo e o Tiziu, que já é da família – uma aventura musical emocionante. Cruzei a ponte do Parlamento, em Londres, puxando um pesado saco com instrumentos e parafernália de palco no justo instante em que o Big Ben soava as doze badaladas de uma meia-noite congelante de março; no porão de um pub em Cambridge, vi uma pequena e embasbacada plateia local delirar de euforia e estranhamento diante de um choro de Jacob do Bandolim e de um samba entoado a plenas vozes: “Joga a chave, meu bem…”; tive a alucinação assustadoramente realista de um aperto de mão com George Harrison no Cavern (voz e sotaque idênticos ao ouvir meus elogios à apresentação de sua banda: “Thanks, mate. Take care”), e dali saímos para a noite fria, meio chuvosa, roucos de tanta cantoria com os Beatles, nós quatro: na intimidade dos apelidos, Bepe, Mógli, Tiziu e Mégui. Um quarteto em Liverpool.
Foi divertido, para mim, posar de músico em turnê pela Inglaterra – dublê que sou. Mas, na manhã seguinte à noitada no Cavern, derrubado por uma gripe mortal e os já quase dez dias on the road, entreguei os pontos e não saí da cama do hotelzinho meia-boca, bem perto das Docas, onde nos hospedávamos por conta: o esquema oferecido ao Trio não incluía certos luxos. E no entanto, naquela manhã, lá foram os três para o calçadão do centro de Liverpool mandar seus choros e sambas.
Sem regalias, Gabriel, Gustavo e Tiziu, como diria Chico Buarque, vão na estrada há muitos anos. E quem ouvir esta coletânea da carreira do Trio e assistir ao belo presente que a acompanha – um show inédito num cenário soberbo da cidade natal dos rapazes, Curitiba – perceberá, aí, a integridade artística de três músicos de verdade; o talento de compositores que, embora jovens, colecionam várias joias no repertório próprio (para não falar da criatividade com que executam, na noite curitibana e mesmo em CD, o duplo “Ao Vivo Puro”, as canções de outros autores).
À primeira audição, esta seleta do Trio revela uma curiosa alternância entre fases mais animadas, rítmicas, e mais intimistas, melancólicas. Não à toa o critério de seleção e agrupamento das canções seguiu precisamente essa divisão, resultando em coletânea dupla composta por um disco de “lentas” e outro de “rápidas”. Mas percebe-se também uma clivagem na própria sequência dos quatro CDs autorais lançados até agora pelo grupo. Assim, a coletânea de “lentas” traz sobretudo material do primeiro e do terceiro álbuns, respectivamente A Caixinha Mágica (1999) e Pára-Dias de Chuva (2004); no disco de “rápidas”, predominam músicas de Balaio da Menina (2002) e Quintina Orquestra Trio (2009). Completa a seleção uma canção de CYRK (2010), DVD/espetáculo em que os temas, na maior parte, são também composições dos três músicos curitibanos.
Entre as “lentas”, a coletânea parte dos primórdios do Trio, com melodias delicadas de cantigas como “Uma Menina” e “Bruxinha” e letras fantasistas, em geral a cargo de Tiziu & parceiros, especialmente em “Cecília” (uma das mais belamente imaginativas, aqui na ótima versão de CYRK); avança para as baladas de autoria do guitarrista Gustavo, ora em temas francamente românticos, ingênuos à la Jovem Guarda, como “Um Coração”, ora em canções de amor rasgadas, caso de “Culpa”; e aporta na grande destreza musical do multi-instrumentista Gabriel em “Rara Ternura” (em que a destreza é sobretudo vocal), uma versatilidade emepebística que pode acomodar tanto o lado instrumental do aficionado do choro, em “Girassol” e “Vianen”, esta em coautoria com Tiziu, quanto certa faceta mais pop, como nos saborosos versos do refrão de “Ficou no Cais”: “Você vestida de preto é simplesmente linda/Me tira do sério, me deixa a boca aberta/Puxa o tapete no auge dos meus 23/Me dá um tombo, me faz voltar pros 16”.
O CD de “rápidas” é, pode-se dizer, um catálogo das qualidades musicais do Trio: na base, o violão seguro de Tiziu; nos detalhes de arranjo e nos solos, novamente os vastos recursos de Gabriel, um raro virtuose de instrumentos de sopro como a flauta (sua especialidade), o sax e o clarinete – mas o toque particular do som quintino parece ser mesmo a guitarra elétrica de Gustavo (não percam os riffs e solos de “Me Deixe” e “Belo Horizonte”, para ficar em apenas duas das minhas preferidas), também exímio cavaquinista (vide a divertida “Dedinho Nervoso”); a percussão afiada; por fim, a harmonia das vozes, cada uma bastante peculiar, afeita a certo tipo de composição (embora juntas funcionem igualmente muito bem) – e com que propriedade cada um dos compositores canta as próprias canções, o que nem sempre se ouve por aí.
À variedade de vozes corresponde, portanto, um leque de estilos: Tiziu põe seu timbre suave – a voz mais refinada das três, diga-se – a serviço de melodias idem, temperadas por influência afro em canções mais recentes, como “Aruanda”; Gustavo é um compositor popular que, ao lado das já mencionadas baladas, transita bem no samba de roda e refrão, flertando com o pagode em letras de Martinho da Vila, como a de “A Forca”; Gabriel, por sua vez, compõe com sofisticação, nos passos de mestres da nossa música popular erudita (“Direção”, “Devaneios”). E os três também sabem o que fazem com as palavras, mas seria injusto não mencionar, nesse quesito, coautorias fundamentais de letristas como Helmuth Valesko (“Maldita” e a já citada “Cecília”) e Fabio Rigoni, parceiro de Gabriel em “O Samba é um Direito do Povo” e “Sebastião”, esta um dos destaques do DVD que completa este box comemorativo.
E o que revela o DVD – registro de apresentação realizada no suntuoso Paço da Liberdade, em plena sala de atos do prédio que, início do século 20, nasceu como prefeitura de Curitiba – é, de novo, variedade. Logo de cara, duas ótimas baladas de Tiziu, de quem, mais adiante, ouvimos as emblemáticas Belo Horizonte/Balão Azul, típicas levadas suas. Em inspirada seleção de repertório, esse show especial traz ainda “Livre Arbítrio”, composição de Gustavo, de par com “Prova de Carinho”, de Adoniran Barbosa, provando, isso sim, que o Trio é também grande intérprete de sambas alheios. E, por fim, nova versão de um dos pontos altos de CYRK: a linda melodia de “Estudo para os Orixás” – ponto alto porque, no espetáculo original de 2010, com sua mistura de música e performance, é o momento em que se eleva sobre a cena um cavaquinho azul que pertenceu a nosso Vô Melim, clarinetista, líder de banda e sobrenome oculto dos irmãos Schwartz (somos, na verdade, Melim Schwartz). No sótão da velha casa, em Lages-SC, ficava trancado o depósito de instrumentos musicais. Menino, um dia espiei ali e vi o mesmo cavaquinho, futura herança; à sombra dela e no sopro do clarinete de noites antigas, meus irmãos se fizeram músicos.
E eu, este terceiro irmão? Infelizmente não passo mesmo de mero dublê. Mas permitam-me saudar, ainda que suspeitíssimo para isso, esta bela amostra da obra em progresso dos três quintinos, feita à base de financiamentos incertos, cachês suados, turnês às vezes mambembes, e por isso mesmo – para além de sua óbvia qualidade musical – ainda mais admirável.
Christian Schwartz